sábado, 25 de abril de 2009

Jornalismo de Idéias / Liberdade de Expressão

O que é e como começou:

O Jornalismo de Idéias, também conhecido como Jornalismo de Liberdade, obteve seu auge na Revolução Francesa, em 1789. Com isso, surgiu a revolução do pensamento, quando o povo passou a lutar pelos seus direitos de “liberdade, igualdade e fraternidade”.

A liberdade de imprensa ocorre por meio do jornalismo participativo de revolucionários jacobinos (constituídos das classes mais pobres e dos intelectuais, incluindo os jornalistas) e girondinos (banqueiros e grandes comerciantes).

No Brasil, a Imprensa de Opinião começa com a chegada da família Real, quando começou a ser publicado o chamado Folheto de Caille, que é escrito por um cidadão comum, e é aí que surge também a imprensa de participação.

O primeiro jornal independente do Rio surgiu em 1821, se chamava Revérbero, jornal que lutava pela Independência e Assembléia Constituinte e Legislativa. Porém, logo após a independência o jornal foi fechado, houve a volta da censura e seus autores exilados.

Cipriano Barata fundou o primeiro jornal republicano, o Sentinelas, e também considerado um dos maiores jornalistas de sua época. Cipriano foi preso devido à exposição de suas idéias, passou por várias prisões e ainda sim continuava publicando jornais até mesmo dentro da prisão.
Na segunda metade do século XIX surgiram publicações de contos literários, onde vários escritores como e Machado de Assis e José de Alencar publicavam textos. No mesmo momento também surgem os textos mais amenos e com mais variedades para atingir o público feminino.

Assim, no final do século XIX idéias republicanas e abolicionistas aparecem nos jornais, tendo mais uma revolução, com pessoas de diversas classes formando um novo meio e modo de noticiar. A partir disso a democracia surge, ocupa seu espaço dentro do jornalismo, anos depois surge a “Lei de Imprensa”, que dá espaço para a liberdade de expressão, a opinião, o direito de informar e ser informado.


Jornalismo de Idéias na Era Moderna

Atualmente, muito se discute sobre a principal função do jornalismo de idéias: Seria uma forma de revolução? Construção de críticas que fazem mudar pensamentos? Maneira de se expressar?

No site Observatório de Imprensa, o jornalista Luiz Weis indaga o leitor em relação ao editorial da Folha de domingo sobre os 60 anos da declaração universal dos direitos do homem.
Luiz Weis comenta que faltam aos jornais coragem para desafiar os leitores com reportagens mais profundas, que obriguem os leitores pensarem.

No texto, Luiz cita o caso da extirpação de clitóris das adolescentes em países muçulmanos, uma prática tolerada e até estimulada por fundamentalistas.
E completa: “Numa reportagem, essa discussão alcançaria muito mais leitores e os desafiaria a percorrer o terreno acidentado do relativismo cultural. Jornalismo de idéias é isso aí”.

Acompanhe aqui a publicação completa:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/blogs.asp?id_blog=3&id={16CBC982-96D7-42C2-990C-84445262D07B}

Abaixo segue um exemplo de uma jornalista que participa e argumenta de forma explícita a notícia que está informando. Esta é uma forma que faz parte do Jornalismo de Idéias, onde o jornalista se expressa.
Neste caso, a jornalista foi até demitida da emissora logo após sua declaração de indignação.


Um comentário:

  1. Gostei do texto.
    A relação de história com jornalismo foi muito boa. Achei bem legal a forma como entraram em questão no jornalismo de ideias nos dias de hoje.
    Para mim, esse tipo de jornalismo não tem a intenção de revolução, e sim tem o intuito de movimentar as pessoas diante das coisas boas e ruins que acontecem na sociedade. Se vai haver revoluçao ou não, isso já é uma outra história bem mais complexa. O jornalismo de ideias não constrói críticas, ele enriquece o senso crítico das pessoas e as faz enxergar aquilo que não percebiam. Enxergando o que não viam, aí sim, elas tendem a mudar os seus pensamentos e suas maneiras de agir.
    ABRAÇOS !!
    Erick Paytl

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