quinta-feira, 21 de maio de 2009

A Tecnologia e o Celular

A primeira chamada de um telefone celular foi realizada no dia 3 de abril de 1973 em Nova York; chegando ao mercado somente em 1983 pesando 794 gramas, modelo no qual ganhou o apelido de “tijolo”, custando quase 4 mil dólares.
Em 30 de dezembro de 1990, a comunicação móvel começou a funcionar no Rio de Janeiro, e a partir daí os modelos de celular foram ganhando novas formas e cores, até a tecnologia mudar completamente seu modelo, introduzindo vídeos, fotos, músicas, e o celular passou não só a receber e fazer chamadas, mas também para muitas outras funções.

Hoje, o celular se encontra com tanta tecnologia que nem sabemos se conhecemos todas elas. Os jornalistas também usufruem dessa tecnologia no seu dia-a-dia, para gravar vídeos e até mesmo fotos para o uso de suas publicações. Mas, será que todo mundo conhece e sabe suas reais utilidades, como o 3G? Ou até mesmo, como funciona a portabilidade?

Conversamos com alguns consumidores e poucos conhecem realmente os novos benefícios que a tecnologia propõe. Lucas Cruz, 20 anos, estudante de Engenharia, desconhece esses benefícios. Perguntamos a ele o que acha que vai mudar com a portabilidade, se acredita que será bom para o cliente e se a troca seria de fácil acesso. “Eu não sou muito chegado em celular, mas pelo visto vai haver certa facilidade, quer dizer, caso uma pessoa não goste do serviço de uma operadora, não vai ser mais obrigado a ficar nela”. Perguntamos o que ele faria caso uma operadora “enrolá-lo” para mudar de operadora, oferecendo “milhares” de serviços e promoções que antes não era divulgado. “Se ela (operadora) oferecer muitas promoções eu ficaria, não sou bobo, mas tem que ver o que a outra vai oferecer também”. E completa: “Vai ser difícil resistir às promoções”. Outra consumidora que entrevistamos, a Suzane Manzatto, 19 anos, estudante de Patologia Clínica já conhecia mais sobre o assunto. Perguntamos o que ela sabe sobre a tecnologia 3G, e ela disse: “As vídeo-chamadas e a facilidade de acessar a internet". Quanto à portabilidade, ela elogiou o serviço. “Uma das melhores coisas que aconteceu atualmente na comunicação foi a liberdade de escolha. As operadores vão ter que convencer os clientes a permanecerem usando seus serviços, assim oferecendo melhores condições. A troca acho que vai ser difícil, as operadores já demonstraram várias vezes o quanto é complicado bloquear um serviço”.

Para isso, entrevistamos Adriano Gomes e Juliana Giosele, supervisores do Premium Consume da TIM, e eles esclarecem algumas dúvidas a respeito.

1. Como contratar o serviço 3G e em que tipo de aparelhos essa tecnologia esta disponível?
Não há a necessidade de contratar o serviço 3G. Ele é automático e depende da configuração e disponibilidade do aparelho. Vale ressaltar que não basta o aparelho ser apto a rede 3G, é preciso haver rede disponível para tal. Diversos aparelhos são 3G, dentre eles Nokia N95, BlackBerry Storm, HTC Diamond.

2. Como foi o processo de integração da portabilidade na operadora TIM? Comente como a empresa pode lidar com o desbloqueio e o que fazer para não perder clientes em cima dessa nova fase da liberdade do celular.
A TIM Celular apresentou uma atitude reativa em relação à portabilidade numérica, ou seja, aguardou o início do decreto da lei entrar em vigor para então fazer os ajustes em sua estratégia.
O início desta preocupação foi representado pela criação de uma frente de trabalho integrada entra diversas áreas para focar o cliente que solicitou a portabilidade numérica para outra operadora. Dentre os principais representantes temos as áreas de Marketing, CRM (Customer Relationship Management) e Vendas. Com esta fomentação de peças chave do processo tivemos três ações que serviram de pilar para a identificação de potenciais saídas e a recuperação do Market Share:

a) Ofertas mais agressivas para os clientes que solicitaram a portabilidade para outra operadora ou que tem interesse em migrar para a TIM Celular.
b) Criação de célula de atendimento especializada em portabilidade, recebendo as solicitações e realizando contato com os clientes que desejam sair;
c) Massificação da ação de vendes por telefone (telemarketing) para identificar clientes de outra operadora que desejam mudar.

Em relação à liberdade por meio da portabilidade numérica e aparelhos desbloqueados, podemos considerar que mesmo antes desta nova realidade uma tendência se anunciava, onde o diferencial para ganho de vantagem competitiva no segmento de telecomunicação é o atendimento ao cliente.

3. Na internet, o cliente tem mais facilidade quanto aos planos e promoções que a operadora fornece por ter mais detalhes disponíveis. Em outros meios como a TV, que atinge a massa, o serviço por vezes não é bem informado, para saber mais tem que entrar no site mesmo. Qual o verdadeiro objetivo das operadoras concentrarem as maiores informações na internet, se nem todos - com baixa renda - podem acessar? Um modo de atingir um público específico para tais promoções?
Podemos citar duas situações distintas em seu questionamento (se o entendi bem). O primeiro diz respeito à forma com que a mensagem é transmitida e o outro está relacionado com a segmentação estratégica da promoção.
Em relação ao formato da mensagem, trata-se da proposta das propagandas atuais. É preciso ir direto ao ponto em um curto espaço de tempo, já que o custo para manter uma propaganda depende, dentre vários fatores, do tempo do comercial. Outro fator está relacionado com a estrutura da mensagem, onde para prender a atenção do consumidor ou comprador, é necessário identificar uma oportunidade e instigar a vontade, não necessariamente explicar o detalhe das promoções. Explicação esta que pode ser concedida com calma e vagar na loja ou internet, meios mais customizados e completos.

Quando abordamos o posicionamento do serviço prestado (entende-se por isto promoções, aparelhos e a própria marca) não há uma relação com foco, mas sim com a maioria dos clientes pós-pago (elegíveis a maioria das promoções) que tem acesso a internet. Neste cenário, não podemos maximizar a visão, pois temos em torno de 70% da carteira de clientes como pré-pago, que merecem a atenção especial das lojas.

4. A rede 3G já está disponível para todo o país ou ainda o serviço é restrito em algumas capitais?
A rede 3G da TIM ainda não está disponível para todo o país. Algumas capitais mais distantes, com quantidade de clientes que utilizam menos acesso a internet ou com menos condições financeiras, a TIM ainda trabalha para essa implantação. Da mesma forma acontecem com as outras operadoras, as mesmas não possuem a cobertura nacional completa.

5. A TIM foi a primeira empresa do país a trazer o 3G na modalidade pré-paga. Quais são os benefícios e as comodidades que esse servio pode trazer às pessoas que o utilizam? Esse serviço já é bastante procurado pelo consumidor?

Os benefícios são inúmeros, nós estimulamos maior quantidade de clientes que possuem menor consumo a utilizarem um serviço completamente inovador e tecnológico. Aqueles clientes que não sabiam o real significado de boa qualidade de rede, de comunicação mundial por intermédio mais rápido, ou até mesmo aqueles que conheciam mais não podiam adquirir o serviço devido às condições financeiras. Mesmo com a rede 3G não coberta nacionalmente, nós temos a cobertura nacional para rede EDGE, do qual o cliente trafega até 200kbps, trazendo assim uma boa navegação e satisfação aos consumidores, sendo que o foco deles seria referente aos gastos e não somente a rede.

A comodidade é o controle que o cliente possui sob sua fatura, determinando qual o valor será gasto pela devida utilização, além da utilização de uma rede instável, mesmo na EDGE ou na 3G.
Este é um serviço que está em fase de crescimento, assim como aconteceu com a nossa banda larga no ano de 2007. Com esse serviço é para atingir não somente a massa de classe média, mas também a classe baixa, temos que primeiramente divulgá-lo para que os mesmos possam se interessar e então conhecer e adquirir o serviço. Com isso, criando hábito da utilização que ainda não possuem.

Fonte:
tecnoonlinee.blogspot.com/2008_10_01_archive.html

sábado, 16 de maio de 2009

Tecnologia como Paradigmas para a Sociedade

Sabemos que a tecnologia é indispensável para nós. Para quem nasceu na década de 90 e vive sua juventude nos dias de hoje, já cresceu com um computador do lado e todas as parafernálias eletrônicas possíveis. Mas aí, pensamos: Como era a sociedade antes da era tecnológica? O que aconteceu para chegar onde estamos hoje?

Tudo isso aconteceu graças aos paradigmas que a sociedade impôs ao longo dos séculos.

Num lado mais teórico da coisa, no dicionário a palavra paradigma é explicada como modelo, padrão. Porém, o pesquisador Thomas Kuhn explica este conceito usando a ciência, e, de forma geral, o paradigma traz uma ideia de ruptura em relação aos conhecimentos anteriores. Por exemplo, Kuhn diz que a ideia de que o conhecimento científico progride de forma contínua é falsa. Um pesquisador não sobrepõe suas descobertas aos já existentes, como um pedreiro, que ao fazer uma parede vai sobrepondo tijolo, após tijolo, até criá-la. Os progressos da ciência não resultam de mecanismos de continuidade, mas sim de ruptura.

Kuhn também deixa claro que um paradigma gera uma revolução científica somente quando atribui à comunidade científica o abandono de uma teoria anterior. Um exemplo disso é quando Copérnico muda a forma de interpretar a relação entre os planetas e chama atenção para o funcionamento do sistema solar, assim como Galileu Galilei, quando diz que o planeta é redondo e a Igreja Católica o questiona. Todas essas revoluções e descobertas foram quebras de paradigmas, que antes se acreditava que era uma coisa e depois passam a ver tudo de outra forma.

Já o futurólogo Joel A. Barker explica que o conceito de paradigma, além de padrão e modelo, é um conjunto de regras e regulamentos que estabelecem limites precisos para a solução de problemas, mas sem sair de tais limites. Ele diz que quando um novo paradigma se impõe, todos os conhecimentos naquela área voltam a zero. Todas as pessoas que continuarão a pesquisar e a trabalhar sob as novas idéias deverão reaprender a lidar com a nova realidade.

Assim, quebrando e renovando paradigmas, surge a tecnologia, como meio de revolucionar a sociedade, como uma necessidade de modificar o padrão de vida. Hoje temos tudo com acesso rápido e eficaz. Com o celular, internet, câmeras, ipods e etc., fizeram com que a vida das pessoas tomasse outro rumo, com um mundo mais moderno, dinâmico e rápido.

“A emergência de novas teorias é geralmente precedida por um período de insegurança profissional pronunciada, pois exige a destruição em larga escala de paradigmas e grandes alterações nos problemas e técnicas da ciência normal. Como seria de esperar, essa insegurança é gerada pelo fracasso constante dos quebra-cabeças da ciência normal em produzir os resultados esperados. O fracasso das regras existentes é o prelúdio para uma busca de novas regras.”

(KUHN, Thomas. A estrutura das revoluções científicas. 6ª edição.)