Sabemos que a tecnologia é indispensável para nós. Para quem nasceu na década de 90 e vive sua juventude nos dias de hoje, já cresceu com um computador do lado e todas as parafernálias eletrônicas possíveis. Mas aí, pensamos: Como era a sociedade antes da era tecnológica? O que aconteceu para chegar onde estamos hoje?
Tudo isso aconteceu graças aos paradigmas que a sociedade impôs ao longo dos séculos.
Num lado mais teórico da coisa, no dicionário a palavra paradigma é explicada como modelo, padrão. Porém, o pesquisador Thomas Kuhn explica este conceito usando a ciência, e, de forma geral, o paradigma traz uma ideia de ruptura em relação aos conhecimentos anteriores. Por exemplo, Kuhn diz que a ideia de que o conhecimento científico progride de forma contínua é falsa. Um pesquisador não sobrepõe suas descobertas aos já existentes, como um pedreiro, que ao fazer uma parede vai sobrepondo tijolo, após tijolo, até criá-la. Os progressos da ciência não resultam de mecanismos de continuidade, mas sim de ruptura.
Kuhn também deixa claro que um paradigma gera uma revolução científica somente quando atribui à comunidade científica o abandono de uma teoria anterior. Um exemplo disso é quando Copérnico muda a forma de interpretar a relação entre os planetas e chama atenção para o funcionamento do sistema solar, assim como Galileu Galilei, quando diz que o planeta é redondo e a Igreja Católica o questiona. Todas essas revoluções e descobertas foram quebras de paradigmas, que antes se acreditava que era uma coisa e depois passam a ver tudo de outra forma.
Já o futurólogo Joel A. Barker explica que o conceito de paradigma, além de padrão e modelo, é um conjunto de regras e regulamentos que estabelecem limites precisos para a solução de problemas, mas sem sair de tais limites. Ele diz que quando um novo paradigma se impõe, todos os conhecimentos naquela área voltam a zero. Todas as pessoas que continuarão a pesquisar e a trabalhar sob as novas idéias deverão reaprender a lidar com a nova realidade.
Assim, quebrando e renovando paradigmas, surge a tecnologia, como meio de revolucionar a sociedade, como uma necessidade de modificar o padrão de vida. Hoje temos tudo com acesso rápido e eficaz. Com o celular, internet, câmeras, ipods e etc., fizeram com que a vida das pessoas tomasse outro rumo, com um mundo mais moderno, dinâmico e rápido.
“A emergência de novas teorias é geralmente precedida por um período de insegurança profissional pronunciada, pois exige a destruição em larga escala de paradigmas e grandes alterações nos problemas e técnicas da ciência normal. Como seria de esperar, essa insegurança é gerada pelo fracasso constante dos quebra-cabeças da ciência normal em produzir os resultados esperados. O fracasso das regras existentes é o prelúdio para uma busca de novas regras.”
(KUHN, Thomas. A estrutura das revoluções científicas. 6ª edição.)
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